O Comitê de Cidadania dos Funcionários do Banco do Brasil realizou nesta quarta (14/06), no auditório do edifício sede do BB em Goiânia, uma cerimônia para comemorar os 30 anos do projeto iniciado em 1993. O evento foi marcado por depoimentos emocionantes de entidades parceiras e homenagem aos voluntários do Comitê.

“É inquestionável que nossa longevidade e sucesso só foi possível devido as parcerias fortalecidas ao longo de todos esses anos. Como SESI, SENAI, SENAC, CDI, CDE, dentre outros, e também pelas entidades que cuidam da administração das oficinas”, destacou a diretora presidente do Comitê, Diusa Alves de Almeida. “E, é claro, pelo apoio incondicional do Banco do Brasil, seus gestores, funcionários, aposentados, clientes e, especialmente, os voluntários que trabalharam incansavelmente em nossa missão”, concluiu.

Para agradecer os que atuaram e ainda contribuem com generosidade, doação de tempo e conhecimento para ajudar a transformar tantas vidas, foram distribuídos certificados de honra ao mérito conferidos pela Assembleia Legislativa por meio do deputado estadual Virmondes Cruvinel e troféus confeccionados pelo Comitê para voluntários, Banco do Brasil, SENAI e Embrapa como forma de evidenciar a importância dessas pessoas e instituições ao longo desses 30 anos.

As entidades parcerias também foram homenageadas e uma das representantes do Obras Sociais do Centro Espírita Irmão Áureo (Osceia) fez um depoimento emocionante destacando a relevância da parceria com o Comitê para a manutenção da entidade.

 

“A entidade é o sol da manhã na vida de muitos jovens. E vocês são o sol da manhã na vida das entidades. Não desistam nunca da bondade de serem voluntários e de amar ao próximo”, disse Rosana dirigindo-se aos voluntários do Comitê depois de compartilhar a história de um jovem que foi assistido pelo Osceia quando era criança é hoje é um amigo.

O Centro de Trabalho Comunitário (CTC) e a Sociedade Trabalho e Esperança (SETE) também enviaram representantes que compartilharam seus agradecimentos aos voluntários do Comitê de Cidadania por tantos anos de trabalho em conjunto. “Em todos esses anos, o Comitê foi a instituição mais fiel ao CTC”, afirmou irmã Raimunda. “De acordo com uma pesquisa, a cada R$ 1,00 investido no Terceiro Setor, estima-se que R$ 3,50 chegam lá na ponta em benefício das pessoas carentes, graças ao trabalho voluntário”, contou o representante da SETE, Rafael Marcelino, evidenciando a importância do voluntariado como potencializador das doações.

A manhã de comemoração pelos 30 anos do Comitê foi encerrada com um saboroso bolo de aniversário e a confraternização com café da manhã especial para todos os presentes.

Os membros da diretoria do Comitê, diretora presidenta, Diusa Alves de Almeida, diretora administrativa, Carmen Lúcia Zuin Ruiz, diretora Financeira, Milena Egídio de Melo, e diretor de Projetos Sociais, André Silveira Lemes, recepcionaram no evento a superintendente do BB em Goiânia, Wanda Aparecida da Silva Ribeiro, o representante da vice-presidência de Governo do BB, Rui Mesquita, além de representantes da Gepes, Cassi, ANABB, AAFBB, Audit, entre entre outras que prestigiaram o evento.

30 anos de História

Na década de 1990 nasceu no Brasil a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, conhecida popularmente como a campanha contra a fome. Herbert de Souza, o Betinho tornou-se nosso principal símbolo de cidadania ao liderar o Movimento.

Em 1993 transformou- se numa imensa rede de mobilização nacional para ajudar 32 milhões de brasileiros que estavam abaixo da linha da pobreza tornando-se o movimento social mais reconhecido do Brasil.

Betinho e diversas celeridades estimularam cada brasileiro a fazer o que estivesse ao seu alcance para ajudar a resolver o problema da fome no país. Denunciaram a fome e a miséria como um dos principais problemas do país e fizeram uma carta chamada “Carta de Ação da Cidadania” dando oficialmente origem ao movimento de Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida.
A ação teve grande repercussão. Todos os órgãos do Governo Federal foram convocados para atuar nesse desafio, assim como a sociedade civil, representada pelas lideranças comunitárias.

O trabalho foi consolidado através de diversas frentes, entre elas “Bancários contra a fome”. Na ocasião o Banco do Brasil fez um grande chamamento aos seus funcionários. Nasceu daí a ideia de se criar os Comitês de Cidadania, buscando principalmente o Combate à fome.
6-Vários parceiros se juntaram nessa missão de ajudar a matar a fome. Um deles foi a Embrapa dando apoio às lavouras comunitárias e incrementando o volume de alimentos doados. Em Goiás as lavouras foram plantadas e cuidadas por voluntários.
O Comitê de Cidadania dos Funcionários do Banco do Brasil em Goiânia, é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, e segue no proposito de ajudar quem mais precisa.

Nesses 30 anos o Comitê vem seguindo firme em seu propósito. Após os primeiros anos de trabalho, além da necessidade de doar alimentos, ficou clara a necessidade de “ensinar a pescar”, de ajudar pessoas carentes na busca do aprendizado de algum ofício, visando sua dignidade, seu sustento e o de sua família.

Com esse objetivo, a partir de 1994 começamos a apoiar a montagem de oficinas profissionalizantes. As primeiras oficinas foram as de informática, e utilizamos recursos que foram obtidos com a venda de papel descartado pelo Banco do Brasil, chamado de Lixo Nobre. O Banco também doou diversos computadores que estavam sendo substituídos.
As Oficinas profissionalizantes proporcionam às comunidades assistidas a possibilidade de mudarem seu destino, promovendo o desenvolvimento integral do ser humano, ajudando na construção da cidadania, bem como estimulando-o a desenvolver sua integração social, cultural, educacional e profissional, mudando sua vida através da capacitação.

Atualmente encontra-se em funcionamento 15 oficinas profissionalizantes. Sendo elas Oficinas de corte e costura, Modelagem, Informática, Panificação, Marcenaria, entre outras. Ao longo desses anos montamos por volta de 50 oficinas.
As oficinas apoiadas pelo Comitê foram direcionadas para bairros carentes da periferia. Os cursos oferecidos são gratuitos. Diversas parcerias foram forjadas tanto com instituições filantrópicas como com organizações reconhecidas nacionalmente, públicas e privadas, todas elas comprometidas com a transformação social.

As oficinas possibilitaram aos moradores desses bairros alcançar uma oportunidade profissional, a desenvolver seu crescimento pessoal, e a ajudarem na transformação do local onde vivem. Elas foram importantes também na formação de mão de obra especializada visando atender as necessidades locais.

Podemos afirmar que com essas oficinas a dura realidade dessas pessoas e do seu bairro começaram a ser transformadas para melhor.
A montagem e manutenção das oficinas, a doação de cestas básicas mensais, além da grande arrecadação de cestas para distribuição no Natal, só é possível graças à generosidade dos contribuintes do Comitê, peças fundamentais nessa “engrenagem” que visa fazer o bem. A maioria dos doadores são funcionários da ativa, aposentados do BB e clientes que mensalmente contribuem para a realização dessas ações.
Os recursos arrecadados também possibilitaram a montagem de brinquedotecas e Oficinas de Leitura em várias creches apoiadas pelo Comitê, com objetivo de desenvolver o raciocínio lógico e senso crítico das crianças através de atividades lúdicas, além de possibilitar às mães participarem de cursos profissionalizantes.

E é com o firme propósito de ajudar o próximo que trabalhamos pelo fortalecimento e sucesso do Comitê. Para os próximos anos nosso principal foco, além do combate à fome, será a capacitação e o apoio para a geração de renda nas comunidades atendidas.
Nosso desejo é que, junto com todos os voluntários, parceiros e doadores possamos comemorar muitos outros anos de solidariedade, cidadania, voluntariado e de amor ao próximo.